Friday 23 July 2010

Westminster Bridge






A resposta da mulher veio logo perguntando quando poderia começar a trabalhar e que iria alguém acompanhá-la para explicar como tudo funcionava. As 10 horas em um pub do outro lado do rio as gaivotas sobrevoavam sobre um navio abandonado, procurando migalhas de pão, pessoas cruzando de um bote para o outro e depois de tanta cena reunida encontrara o tal pub que era todo feito de madeira com uma pequena bandeira da Inglaterra pendurada. Sentou, pediu um double expresso e sentiu o cheiro que aquele lugar tinha. Uma mistura de biblioteca abandonada com cerveja quente. Observou um casal que sentava na sua diagonal, ele parecia estar furioso com ela, e a mesma com seus olhos vermelhos, bem mais bêbada do que ele (não conseguia entender como uma mulher se deixava levar pela vulgaridade daquela forma as 10 horas da manhã, o valores estariam se invertendo ?) o fundo do copo com espuma e uma grave batida na mesa com a mão direita revelava que o assunto estava acabando e era hora de ir embora.

Ela saiu carregada por ele, sua calça jeans estava um pouco abaixo da sua cintura deixando visível sua calcinha cor de abóbora. Ele a carregava meio sem jeito, mas o mais impressionante de tudo: ninguém olhava para a cena, somente a mesma, e se sentiu incomodada.

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