Wednesday 14 July 2010



Respirava fundo e tinha vontade de dar uma grande risada por permitir a si mesma, todo aquele mundo.
Parou o carro e Amanda observava, o smoking preto de cabelo grisalho charmoso indo em direção a uma máquina parada na rua no meio do nada e viu que ele estava colocando algumas moedinhas. Ela não deixou de franziar a testa, para ele poder dar uma explicação do que aquilo significava.
-Enquanto no Brasil nos temos as pessoas que pedem dinheiro para “olhar” o carro da gente, vocês ja transformaram os pobres dos flanelinhas em máquinas paralisadas nas ruas.
E consiguia arrancar o primeiro sorriso de um homem que parecia passar horas lendo jornal com sua milagrosa taça de vinho para curar a dor da solidão com os óculos que se deslizava pelo nariz. Senhor Call, fez um gesto interrogando-a:
-”Mademoseille?” - com a sobrancelha levantada e deu-lhe o braço para entrarem juntos.

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